3 resultados para Navegação autónoma

em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal


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O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da dissertação de Mestrado em Supervisão Pedagógica e insere-se na linha de investigação de políticas educativas e supervisão pedagógica. Pretendeu-se encontrar, através da investigação que aqui se apresenta, os contributos dos coordenadores de departamento curricular e delegados de grupo com funções de avaliadores internos no processo de avaliação de desempenho docente. Procurou-se ainda encontrar o perfil dos avaliadores para se poder exercer o cargo, assim como apresentar o enquadramento teórico dos autores e legislação que o sustentam. Este estudo focalizou-se no Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2012/M, de 8 de outubro que regulamenta as novas regras da avaliação de desempenho docente e a unidade de estudo deste trabalho é uma escola pública do ensino básico e secundário, no concelho de São Vicente, Norte da Madeira. Para dar cumprimento aos eixos de análise do trabalho utilizou-se a metodologia qualitativa estudo de caso e através de uma análise documental, de inquéritos por entrevista dirigidos aos 12 avaliadores internos - coordenadores de departamento e delegados de grupo - e aos 14 docentes avaliados, considerados a amostra da dimensão interna, encontrou-se um perfil de avaliador interno de desempenho docente na prática, assim como os contributos destes na avaliação de desempenho docente, de acordo com a legislação regional da Madeira. Tendo por base os resultados obtidos, concluímos que o novo modelo de avaliação de desempenho de docente é um modelo formativo, privilegia o trabalho colaborativo, promove a reflexão, a partilha e a troca de experiências, bem como a melhoria das práticas pedagógicas e o desenvolvimento profissional, apesar da conjuntura atual não promover a progressão na carreira devido ao congelamento como medida de austeridade, o que desmotiva os docentes avaliados e faz ainda com que estes profissionais encarem a avaliação interna como um trabalho menos sério, que não premeia o desempenho e o mérito.

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A colaboração é um tema cada vez mais atual nas práticas pedagógicas dos docentes. No que diz respeito a esta temática, a avaliação externa das escolas no seu quadro de referência apela ao trabalho colaborativo entre os docentes, na prestação do serviço educativo, afirmando o acompanhamento e a supervisão da prática letiva e apresentando um papel relevante na monitorização da eficiência das práticas de apoio educativo. Pretendemos, desta forma, investigar as metodologias colaborativas evidenciadas, bem como a partilha de vivências e perspetivas em relação à efetiva prática ou ausência de colaboração, entre professores do 2º ciclo do ensino básico e professores de apoio educativo das disciplinas de Português, Matemática e Inglês, de uma escola da Região Autónoma dos Açores. Para além disso, também investigámos os processos de supervisão das práticas de colaboração. Para a consecução dessa investigação realizámos questionários a professores de turma e de apoio educativo do 2.º ciclo das disciplinas de Português, Matemática e Inglês, para evidenciar as práticas colaborativas entre os professores titulares e os professores de apoio educativo. Também foram realizadas entrevistas às coordenadoras dos respetivos departamentos, sobre a temática da investigação, e à coordenadora dos apoios educativos. Sendo assim, evidenciou-se uma metodologia mista cujas técnicas de análise de dados tiveram como base a análise estatística descritiva e a análise de conteúdo categorial. Desta recolha de dados foi percetível que as práticas colaborativas ainda não são uma realidade entre os docentes de turma do 2.º ciclo e de apoio educativo. Foi notório que essas práticas se centram apenas na troca de informações, de forma informal, ou então em momentos de avaliação, através da realização de relatórios periodais. A noção do conceito de colaboração ainda não se encontra bem definido para esses docentes, no entanto afirmam a importância dos processos colaborativos para o processo de ensino-aprendizagem. No que diz respeito às práticas de supervisão, estas não se encontram instituídas na escola onde decorreu a investigação, nomeadamente a supervisão promotora de processos de colaboração. Esta investigação poderá ser promotora de outros estudos relacionados com a colaboração e a supervisão das práticas colaborativas, bem como um contributo para a abertura a essas mesmas práticas.

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Este trabalho de investigação insere-se no âmbito da sociolinguística e debruça-se sobre a perceção quanto à variação dialetal do Arquipélago da Madeira, que os jovens em escolarização da Região Autónoma da Madeira detêm face a alguns traços particulares do léxico. Neste sentido, o corpus de trabalho baseou-se nos dados recolhidos em inquéritos por questionário sobre o léxico, realizados a uma amostra de 40 alunos naturais do arquipélago, a frequentarem o 3º Ciclo do Ensino Básico e distribuídos por dez alunos em quatros escolas localizadas: a norte (Santana-São Jorge) e a sul (Funchal e Câmara de Lobos) da ilha da Madeira e na ilha do Porto Santo. Para podermos, efetivamente, determinar quais as influências extralinguísticas ou quais as variáveis socioculturais responsáveis pelo conhecimento e uso dos dialetos, foi também importante analisar alguns fatores de ordem social, tais como, o meio familiar, a idade, o nível de escolaridade dos alunos, a naturalidade e o contacto destes com os meios urbano vs rural. Com efeito, e com base nos instrumentos de análise recolhidos, este estudo mostra-nos que os jovens madeirenses em escolarização ainda evidenciam um interesse em usar e manter a sua identidade dialetal, numa dinâmica intergeracional, dado que os mesmos consideram importante não deixar desaparecer um legado linguístico que tem sido herdado pelos seus antepassados. Contudo, constatamos que o domínio dos dialetos madeirenses juntos destes jovens começa a estar um pouco ausente nas suas conversas do quotidiano, principalmente quanto contactam com falantes fora do arquipélago, moldando os seus discursos em norma/padrão, por assim entenderem tratar-se de uma forma comunicacional, dotada de mais prestígio social. Em contrapartida, verificámos que o meio familiar e o meio rural contribuem, portanto, para um uso mais frequente da variação dialetal, provando-se esta realidade, sobretudo, nos jovens em escolarização residentes nos concelhos a norte da ilha da Madeira e na ilha do Porto Santo. Por considerarmos importante novas investigações, sobretudo pela temática que aqui foi abordada, consideramos que seria deveras pertinente surgirem futuros estudos. Assim, estes poderão explicar a origem do extenso léxico dos dialetos madeirenses e no caso particular da variação dialetal na pequena ilha do Porto Santo, considerando-se, para o efeito, também a vertente sociolinguística.